sábado, 25 de setembro de 2010

DEUS VAI ENVIAR AS 12 PRAGAS SOBRE BRASIL POR CAUSA DOS GAYS




Corre na internet a opinião do pastor Piragine, a manifestação de evangélicos ligados ao PT e a posição do ar. Silas Malafaia. Muito bom que tudo isso ocorra, faz parte do Estado democrático o embate de opiniões e idéias. Mas, o que não dá para engolir é quando usando a prerrogativa de líder religioso um individuo aterrorize os membros de seu grupo e pior incentive o ódio a um outro grupo de pessoas, os demonize e os culpe de uma ‘vindoura ira divina”.
Hitler chegou ao poder na Alemanha por vias democráticas com um discurso homofóbico, anti-semita, racista, de preconceito contra deficientes físicos e outros grupos minoritários. Hitler não sabia conviver com diferentes. Para vergonha da Igreja Evangélica, muitos pastores foram “amigos da vez” desse que pode ser considerado sem sombra de duvida, um tipo de anticristo. Foi defendendo os “valores da família”, protegendo “os bons costumes” que militares nos mataram, nos calaram, nos aterrorizaram por vinte anos e mais uma vez a Igreja Evangélica foi “amiga da vez” dessa ditadura, simpatizante e até defensora.
Deus não vai julgar o Brasil por causa do casamento gay, nem da PL 122 (que pune na forma da lei todo ato de HOMOFOBIA, diga-se de passagem), nem por conta da liberação do aborto ou qualquer coisa que valha. Havendo lei ou não, pessoas abortaram, homossexuais continuaram a viverem juntos, serão mortos por homofóbicos, discriminados, humilhados... Nada disso mudará.
Mas, HOJE JÁ ESTAMOS SOBRE A IRA DE DEUS, por que deixamos de ser sal e luz. Porque homossexuais não encontram na Igreja uma palavra de poder que mude suas vidas, porque nossos jovens fornicam como os “do mundo” e abortam como eles, porque não defendemos aqueles que necessitam de defesa, mas os entregamos aos seus algozes.
Porque odiamos os gays, os defensores da legalização do aborto, os defensores do estudo das células troncos, por que os transformamos nos enviados do diabo e nos calamos quanto aos estelionatários da fé com seus trizimos, suas vendas de unção financeira (lembram das indulgencias e perdão de pecados que foi a causa propulsora da Reforma), dos megalomaníacos que se auto intitulam apóstolos, patriarcas e coisa que se imagine.
Calamos-nos diante dos políticos denominacionais que sem diferença alguma do que ocorre em Brasília, usam Igrejas e organizações para enriquecimento ilícito, para manobras pessoais, para imoralidade sexual, para seu feudo pessoal.
Tornamos-nos uma Igreja neoliberal, pós moderna no pior sentido dessa nova era: imediatista, egocêntricos, intolerante, amantes de shows, personalista, INDIVIDUALISTA!
Sobre essas coisas DEUS JÁ TEM NOS JULGADO, permitindo que estejamos cegos indo atrás de homens amantes de si mesmos, enganados a roda de todo vento de doutrina, enganados pelo diabo e suas artimanhas de “milagres e poder”, mortos em igrejas frias, vivendo de religiosidade, capa de bons costumes e sem nunca estar na presença de Deus.
Somos cegos e nus. E não vemos isso.
É hora de lamentarmos e chorarmos a terra do Brasil que está ferida não pelo homossexualismo, mas, pelas nossas iniqüidades como crentes, pela nossa morte espiritual que não alcança a vida daqueles que precisam de Cristo.
É hora de clamar por avivamento. É hora de chorar pelos nossos pecados. É hora de dar as costas as unções financeiras, aos milagres urgentes, “aos milagres em penca”, aos títulos beatíficos, as regressões, a politicagem denominacional....e clamarmos que o Senhor desça dos céus e incendeie nossos corações com seu Poder e nos faça atrair: homens, mulheres, jovens, crianças, heterossexuais, homossexuais, deficientes, negros, brancos, ricos, pobres, iletrados, intelectuais e que a sociedade realmente seja transformada pelo impacto de uma Igreja que transforma vidas, famílias, ruas, bairros e cidades.
Que Deus nos ajude.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O QUE SÃO FAMÍLIA INCESTOGÊNICAS? QUAIS SUAS CARACTERISTICAS? INCESTO – UM TABU




Podemos considerar que família incestogênica ou incestuosa é aquela onde as interações afetivas entre seus membros manipulam a criança ou adolescente vítima, a uma relação sexual – afetiva culturalmente condenada que é o incesto.
Tabu é uma palavra originada de um termo polinésio TAPU, que significa: proibido. O termo era usado, entre os polinésios para diferenciar o que era sagrado, do profano, que não deveriam ser misturados.
Desta forma, tabu é tudo aquilo que, estabelecido como uma regra em sociedade deve ser evitado ou proibido, por orientação religiosa ou moral.
O incesto é conhecido na sociedade humana desde seu período pré-historico, o homem primitivo dominava sua mulher devido à sua força superior e a considerava sua propriedade. Quando os filhos atingiam a puberdade, protegia sua mulher de sua invasão sexual, da mesma forma como defendia toda a sua propriedade contra eles. Essa proibição tornou-se um costume e por sua vez, transformou-se num tabu.
O incesto foi registrado em grandes sociedades antigas, como no Egito, onde era usual o casamento entre irmãos, pais e filhas, para a manutenção do poder imperial. A bíblia registra que o incesto era costume dos povos estabelecidos ao redor do povo Hebreu. Abraão, patriarca do povo hebreu era casado com Sara, que era sua irmã. “E, na verdade, é ela também minha irmã, filha de meu pai, mas não filha da minha mãe; e veio a ser minha mulher;” Gn. 20. 12
A própria bíblia relata em detalhes alguns casos de incesto, um deles foi de Ló e suas duas filhas. “E subiu Ló de Zoar, e habitou no monte, e as suas duas filhas com ele; porque temia habitar em Zoar; e habitou numa caverna, ele e as suas duas filhas. Então a primogênita disse à menor: Nosso pai já é velho, e não há homem na terra que entre a nós, segundo o costume de toda a terra; vem, demos de beber vinho a nosso pai, e deitemo-nos com ele, para que em vida conservemos a descendência de nosso pai. E deram de beber vinho a seu pai naquela noite; e veio a primogênita e deitou-se com seu pai, e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou. E sucedeu, no outro dia, que a primogênita disse à menor: Vês aqui, eu já ontem à noite me deitei com meu pai; demos-lhe de beber vinho também esta noite, e então entra tu, deita-te com ele, para que em vida conservemos a descendência de nosso pai. E deram de beber vinho a seu pai também naquela noite; e levantou-se a menor, e deitou-se com ele; e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou. E conceberam as duas filhas de Ló de seu pai.Gn. 19. 30-36.

Mesmo, com o tabu do incesto sendo estabelecido socialmente, hoje, encontram-se sociedades onde ele é permitido, no México, entre algumas tribos indígenas, o incesto entre pai e filha ainda é comum.
Segundo analisam este incesto é provocado por questões econômicas, visto que as terras cultiváveis ficam longe de casa, e precisam de uma mulher para moer o milho que colhe, assim sendo costumam levar a filha, enquanto sua mulher fica em casa com os outros filhos. Normalmente possuem um único cobertor, por ser um objeto muito caro, que costuma ser curto e que divide com a filha. A combinação do contato físico, do isolamento e do costume torna o incesto inevitável.
Há ainda os povos tribais do Malawi que acreditam que relações sexuais com suas irmãs os deixarão à prova de balas.
A proibição do incesto não tem origem puramente cultural, nem puramente natural, ela se constitui num movimento fundamental, pelo qual se cumpre a passagem da natureza à cultura. A proibição do incesto é o conceito explicativo do surgimento, nada mais e nada menos que do que a propria cultura.

CARACTERÍSTICA DA FAMÍLIA INCESTOGÊNICA

É importante ressaltar que famílias incestogênicas não possuem um corte socioeconômico, ou seja, famílias pobres não são mais incestogênicas ou mais propensas ao incesto do que famílias de classe media ou ricas. As famílias incestogênicas são encontradas em todas as escalas sociais.
Esse tipo de família tem uma característica interessante por serem aglutinadas/simbióticas, sem limites entre o subsistema dos pais e filhos, o que ocorre com um membro da família afeta todos os outros, a saída de um membro da família do sistema é considerada uma traição, assim como a entrada de um novo membro é percebida como ameaçadora, ou roubadora do membro da família.
Também se caracterizam por serem rígidas ou caóticas. Rígidas com pais estruturados que tem dificuldades para enfrentar mudanças, o novo. Caóticas quando as regras não são bem definidas com uma grande confusão ao nível das fronteiras intergeracionais e das identidades de seus membros.
As relações sociais são limitadas até como forma de manter o segredo, que é uma parte forte da estrutura dessa família, o segredo a mantém de pé, estruturada, por isso a fronteira organizacional é pouco permeável ao exterior e resistência à mudança, ou como já assinalamos suas fronteiras são rígidas.
A organização familiar é fundada num segredo que por muitas vezes persiste de geração a geração - a vítima é silenciada ante a ameaça das terríveis conseqüências de uma possível revelação do segredo - medo, vergonha, culpa; desagregação da família, degeneração da imagem do pai, degeneração da imagem da família feliz.
Os limites geracionais não estão claros. Podemos dar como exemplo quatro tipos de estrutura onde é possível ocorrer à violência do incesto.

1. Pai executivo e mãe como criança: a filha sobe na relação geracional para ficar no lugar da mãe.

P
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C C C M






2. Mãe Executiva e pai tímido (bonzinho): é uma família de estrutura e fronteiras rígidas onde o pai possui autoestima baixíssima. A intimidade de P e M é difícil. O pai se sente querido através das crianças.

M
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C C C P


3. Família de terceira geração: mãe trata pai como filho e crianças como netos. O Pai ou entra no subsistema dos filhos ou os filhos sobem ao subsistema do pai. A mãe é muito distante dos filhos e maternal com o pai.

M
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P
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C C C C

4. Não há autoridade: todos estão sempre ligados e não há figuras de autoridades, não há controle.

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C C C P M

Existe uma ilusão de uma aparente coesão, ou seja, a vitima crê que a ligação incestuosa tem como função manter a família, embora, de fato, ela já esteja desunida há muito tempo. Para a vítima ela acredita que os une que pagando com seu corpo e que a denuncia irá desuni-los totalmente.

Nas famílias tipo 1, onde o pai é executivo, existe uma verdadeira ditadura familiar, com o poder, sendo concentrado na figura do pai. Faz as regras e nutre-se do "terror da revelação" e do "terror do abandono". É o tipo de famílias patriarcalistas onde o pai possuem todo poder sobre os filhos e a mãe é vista não como adulta, mas, como criança.

DINÂMICA FAMILIAR
Para Viviane Guerra e Maria Amélia Azevedo a dinâmica familiar se apresenta em termos genéricos como:
• Existe muita vulnerabilidade a situações de stress dadas as suas estruturas interna e a própria historia de vida de seus progenitores no qual geralmente vivenciaram episódios de violência domestica, especialmente negligencia e espancamento, por vezes a violência sexual se apresenta em menor escala.
• Um pai impulsivo, que requer ser gratificado imediatamente em relação ao seu desejo, necessita reafirmar seu pode e exigir obediência. Geralmente enfrenta problemas na área da sexualidade.
• A mãe se mostra em contrapartida passiva, com baixa autoestima, embora possa adotar uma postura superprotetora, ou de completa omissão.
• A criança vitima costuma ser passiva, dependente, podendo na adolescente se mostrar revoltada, agressiva e promiscua na adolescência.
• Quando expostos a revelação da violência o mecanismo mais comum é o da negação. As modalidades mais comuns de negação são:
o Negar o fato: o agressor afirma que não fez nada;
o Negar o impacto da violência: o agressor propõe esquecer tudo, ou então, o que tem isso ela dormiu com muitos mesmo!
o Negação da conscientização: o agressor afirma que estava fora de si, alcoolizado ou quando a criança ou adolescente diz que não sabe de nada porque estava dormindo.
o Negação da responsabilidade: o agressor ou a criança/vitima afirmam que a culpa foi da criança que o seduziu ou não soube resistir a seus avanços.

Ainda analisando a dinâmica dessas famílias é preciso ter clareza que os mecanismos podem variar conforme o tipo de incesto: pai-filha; mãe-filho; avô-neta; irmão-irmã, ou outros parentes.

O Incesto entre Pai e Filha

O incesto entre pai e filha é o tipo mais comum dos incestos entre adultos e crianças. Quando ocorre e é descoberto, a questão quase sempre precisa ser resolvida fora da família, geralmente pela polícia, porque o pai é tradicionalmente a fonte da “lei” familiar.
É um tipo de incesto que começa sutilmente, onde o carinho normal de pai para filha vão passando à prática de “carícias” que dificilmente deixam lesões físicas.
O pai raramente recorre à força ou à violência, para suas iniciativas incestuosas, contudo há uma imensa coerção psicológica embutida na relação pai-filha. A filha aprende a obedecer ao pai, e também espera dele uma orientação moral. Se o pai diz que está tudo bem, é porque deve estar certo. E é claro que se ela cogitar desobedecer, a ameaça de punição está sempre presente. Assim, a vítima quase sempre participa “voluntariamente” do incesto, sem reconhecer a coerção sutil que ocorreu. “Em algum nível os atos incestuosos são efetuados com a cumplicidade familiar. O pai é induzido pela sedução consciente ou inconsciente da filha e pela cumplicidade de uma hostilidade comum contra a mãe. A mãe força a filha a suportar a pesada carga de assumir o papel de esposa e amante do próprio pai, libertando-a dessas funções. Toda essa disfunção serve como defesa contra a alteração da estrutura familiar” (Cohen, 1993:62).
Costuma existir um acordo silencioso entre pai e a mãe sobre o papel da filha na família. Nesse acordo a relação sexual passa a ocorrer entre a filha e o pai e não mais entre o casal. Ocorrendo uma coalizão destrutiva entre os pais, onde a mãe por sua falta de disponibilidade como mãe e esposa, não impede a aproximação sexual do cônjuge a seus filhos.
Em seu livro Violência Domestica: Fronteiras do conhecimento, Viviane Guerra e Maria Amélia Azevedo relatam o caso de uma adolescente que ao revelar a mãe o abuso sexual do pai ouviu da mesma que “ainda bem, assim você reparte comigo o fardo de satisfazer este homem”.

Incesto mãe-filho

Menos comum, mas, também tão devastador quanto o de pai-filha, o filme: No Limite do Silencio, mostra as conseqüências do incesto mãe-filho em uma família e na psicologia do menino, levando-o a uma psicopatia no período da adolescência.
Tanto quanto do pai-filha este é disfarçado e mascarado, mas, devido o acesso que a mãe tem ao corpo do filho, pode ser menos identificável. Até há pouco tempo somente ela dava banho, trocava fraldas em seus filhos. É recente a participação do pai nesses cuidados.
Muitas abusam sexualmente dos seus filhos durante o banho, chupando o seu pênis; outras, em outros momentos, "brincando" com o seu pênis, de forma a lhe fazer carícias e brincadeiras muitas vezes “consentidas sexualmente”, essas brincadeiras costumam evoluir conforme o abuso pai-filha, para carícias cada vez mais intimas e a relação propriamente dita.
O abuso sexual da mãe com o filho tem um outro fator que o torna ainda mais complicado. A mãe, assim como o pai, utiliza-se da sedução. Porém, enquanto ela está manipulando o pênis do filho, mesmo que ela se excite, este pode não perceber claramente a excitação dela, mas sente a sua própria excitação. Isso o deixa confuso e, conseqüentemente, mais culpado.
Da mesma forma que a menina, o menino pode sentir-se especial, sendo alvo da atenção da mãe, é estimulado a manter o segredo entre eles do amor e carinho especial que possuem.
A vítima, além dos conflitos vividos em relação a abusadora, sente também uma grande raiva dos familiares que estão ao seu redor - a mãe, o pai, os irmãos mais velhos - que têm a função de protegê-la e não o fazem, deixando-a só e abandonada.
As conseqüências do abuso sexual são inúmeras e se manifestarão na vida de cada um de acordo com a sua história pessoal.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

AZEVEDO, Maria Amélia. GUERRA, Viviane Nogueira de Azevedo. Violência Domestica: Fronteiras do Conhecimento. São Paulo: Cortez Editora, 1993
AZEVEDO, Maria Amélia. GUERRA, Viviane Nogueira de Azevedo. Dossiê Diagnostico – Violência Contra Crianças e Adolescentes. Modulo 3 – Telelacri, São Paulo: USP, 2000.
BRAUN, Suzana. A Violência Sexual Infantil na Família: Do Silêncio à Revelação do Segredo. Porto Alegre: Ed. Age Ltda, 2002.
COHEN, Cláudio. O Incesto um Desejo. São Paulo: Casa do Psicólogo Livraria e Editora Ltda, 1993.
FORWARD, Susan; BUCK, Craig. A Traição da Inocência: o incesto e sua
devastação. Tradução de Sergio Flaksman. Rio de Janeiro: Rocco, 1989.

FILME NO LIMITE DO SILÊNCIO Título original: The Unsaid
Duração: 109 minutos (1 hora e 49 minutos)
Gênero: Suspense
Direção: Tom McLoughlin
Ano: 2001
País de origem: EUA
Distribuidora: Artfilms

BIBLIA SAGRADA: (ALMEIDA CORRIGIDA E REVISADA FIEL)




CANDIDA MARIA FERREIRA DA SILVA

domingo, 19 de setembro de 2010

Estado Moderno e o Absolutismo

A Idade Média foi um período de mudanças radicais na civilização ocidental. Uma era de transição na ECONOMIA ( com o capitalismo nascente rompendo as formas feudais), com a CULTURA ( com o brilho do renascimento), e na RELIGIÃO ( Com a contestação da Reforma Protestante).

Nesta época o homem revolucionou os mapas geográficos conquistando novos continentes. Cresceu o mundo e com ele as fronteiras da mente humana.


O estado Moderno

A centralização do poder político

Durante a Idade Média, o poder político era controlado pelos diversos senhores a feudais, que geralmente se submeteram ao imperador do Sacro Império e do Papa. Não haviam estados nacionais centralizados.

As crises no final do período provocaram a dissolução do sistema feudal e prepararam o caminho para a implantação do capitalismo.

A terra deixou de ser a única fonte de riqueza. O comercio se expandia trazendo grandes transformações econômicas e sociais. Alguns servos acumulavam recursos econômicos e libertavam-se dos senhores feudais e migravam para as cidades. Em algumas regiões afastadas senhores feudais ainda exploravam seus servos A conseqüência desses maltrato foi a revoltas dos camponeses. A expansão do comércio contribuiu para desorganização do sistema feudal, e a burguesia , que era a classe ligada ao comercio,tornou-se cada vez mais rica e poderosa e consciente que a sociedade precisa de uma nova organização política.

Para a classe da burguesia continuasse progredindo, necessitava de um governos estáveis e de uma sociedade ordeira.

• Acabar com as constantes guerras e intermináveis guerras entre os membros da antiga nobreza feudal. Eram guerras fúteis que prejudicavam muito o comércio.

• Diminuir a quantidade de impostos sobre as mercadorias cobrados pelos vários senhores feudais.

• Reduzir o grande número de moedas regionais, que atrapalhava os negócios.

Importante setor da burguesia e de uma nobreza progressista passou a contribuir para o fortalecimento da autoridade dos reis. O objetivo era a construção das MONARQUIAS NACIONAIS capaz de investir no desenvolvimento do comercio, na melhoria dos transportes e na segurança das comunicações.


A formação do Estado Moderno

O processo histórico levou ao surgimento do Estado Moderno, que se formou em oposição a duas forças características da Idade Média;

• O regionalismo dos feudos e das cidades, este gerava a fragmentação político-administrativo.

• O universalismo da Igreja católica (e do sacro Império), que espalhava seu poder ideológico e político sobre diferentes regiões européias, esse universalismo gerava a idéia de uma cristandade ocidental.

Vencendo os regionalismos e o universalismo medieval, o Estado moderno tinha por objetivo a formação de sociedade nacional, com as seguintes características:

Idioma comum:

O elemento cultural que mais influenciou o sentimento nacionalista foi o idioma. Falado pelo mesmo povo, o idioma servia para identificar as origens, tradições e costumes comuns de uma nação.

Território definido:

Cada estado foi definido suas fronteiras políticas, estabelecendo os limites territoriais de cada governo nacional.

Soberania:

No mundo feudal, o poder estava baseado na suserania, isto é na relação e subordinação entre o suserano (senhor) e o vassalo . Aos pouco no lugar do suserano, foi surgindo a noção de soberania, pela qual o soberano (governante) tinha o direito de fazer valer as decisões do Estado perante os súditos.

Exército permanente:

Para garantir as decisões do governo soberano, foi preciso a formação de exércitos permanentes, controlados pelos reis (soberano).


O absolutismo Monárquico

Todo o poder para o rei

Com a formação moderna, diversos reis passaram a exercer autoridade nos mais variados setores: organizavam os exércitos, que ficava sobre o seu comando, distribuíam a justiça entre seus súditos, decretavam leis e arrecadavam tributos. Todo essa concentração de poder passou a ser denominado absolutismo monárquico.

Porque a sociedade permitia a concentração do poder em mãos de uma só pessoa?

Teóricos tentam responder, formulando justificativas destacam-se os seguintes :

Jean Bodin

Todo aquele que não se submetesse á autoridade realmente seria considerado inimigo do Deus e do progresso social. Segundo Bodis, o rei devia possuir poder supremo sobre o súditos, sem restrições determinadas pelas leis. Essa é a teoria da origem divina do poder real.

Thomas Hobbes

Escreveu o livro Leviatã, titulo que se refere ao monstro bíblico que governava o caos
Primitivo. Ele compara o Estado a um monstro todo poderoso especialmente criado para acabar com a anarquia da sociedade primitiva. Segundo ele, nessas sociedades o “Homem era o lobo do próprio homem”, vivendo em constante guerras e matanças cada qual procurando garantir a sua própria sobrevivência. Só havia uma solução para acabar com a brutalidade entregar o poder a um só homem, que seria o rei. Esse rei governaria a sociedade, eliminando a desordem e dando segurança á população. Essa é a teoria do contrato social.

Jacques Bossuet

Bispo francês reforçou a teoria da origem divina do poder do rei. Segundo Bossuet, o rei era um homem predestinado por deus para subir ao trono e governar toda á sociedade. Por isso não deveria dar explicação a ninguém sobre suas atitudes. Só Deus poderia julgá-la. Bossuet criou uma frase que se tornou verdadeiro lema do Estado absolutista ‘um rei, uma fé, uma lei’.


Principais estados Absolutistas

Com se desenvolveu o processo de formação do estado moderno absolutista em alguns paises europeus.


Portugual

Portugal surgiu como um reino independente em 1139. Seu primeiro rei foi D. Afonso Henrique, o indicar da dinastia de Borgonha. Por muito tempo, os portugueses viveram envolvidos na luta pela expulsão dos mouros (conjunto de população árabes, etíopes, turcomanas e afegãs) da península Ibérica. A luta prosseguia até 1249 com a vitória portuguesa e a conquista de Algarves (sul de Portugal). Com o rei. D. Dinis interrompeu-se a conquista no plano militar, iniciando-se um período de reorganização interna de Portugal. As fronteiras do país já estavam definidas.

Em 1383, com D. João, mestre de Avis, teve início a nova dinastia de Avis. Isso se deu após o desfecho de uma luta político-militar denominada Revolução de Avis, em que a sucessão do trono português foi disputa entre o rei de Castela e D. João. A vitória da Revolução de Avis foi também a vitória da burguesia de portuguesa sobre a sociedade agrária e feudal que dominava o país. Depois da Revolução de Avis, a nobreza agrária submeteu-se ao rei D.João. E este apoiado pela burguesia, centralizou o poder e favoreceu a expansão marítimo-comercial portuguesa. Todos esses acontecimentos fizeram de Portugal o primeiro país europeu a constituir em Estado absolutista e mercantilista.


Espanha

Durante séculos, os diversos reinos cristãos que ocupavam o território espanhol(reinos de Leão, Castela, Navarra e Aragão) lutaram pela expulsão dos mulçumanos da península Ibérica. A partir do século XIII, só havia na Espanha dois grandes reinos fortes e em condições de disputar a liderança cristã da região: o de Castela e o de Aragão.

Em 1469, a rainha Isabel, de Castela, casou-se com o rei Fernando de Aragão. O casamento unificou politicamente a Espanha . A partir desse momento, os espanhóis intensificaram as lutas contra os árabes, que ainda ocupavam a cidade de Granada, na parte sul do país, Após a completa expulsão dos árabes, o poder real se fortaleceu e,com a ajuda da burguesia, a Espanha também se lançou ás grande navegações marítimas pelo Atlântico.


França

O processo de centralização do poder monárquico na França teve início com alguns reis da dinastia dos Capetos, que desde o séc. XIII tomaram medidas para a formação do estado francês. Entre essas medidas destacaram-se a substituição de obrigações feudai por tributos pago á coroa real a restrição da autoridade plena do papa sobre os sacerdotes franceses , a criação progressista de exército nacional subordinado ao rei, e a atribuição dada ao rei, de distribuir justiça entre os súditos.

Foi, entretanto, durante a guerra dos cem anos (1337-1453), entre a França e Inglaterra, que cresceu o sentido nacional francês. Durante os longos anos da guerra, a nobreza feudal enfraqueceu-se enquanto o poder do rei foi aumentando.

Depois desse conflito, os sucessivos monarcas franceses fortaleceram ainda mais o poder real. Mas no período em que vai de 1559 a 1589 autoridade do rei voltou a cair em conseqüência de guerras religiosas entre os grupos protestantes e católicos.

Só Henrique IV (1589-1619), o rei francês alcançou a paz. Antigo líder protestante, Henrique IV converteu-se ao catolicismo, afirmando: Paris vale bem uma missa. Promulgado o Edito de Nantes (1598), Henrique IV garantiu a liberdade de culto aos protestantes e passou a dirigir a obra de reconstrução político-economico da França.

Luís XIV, conhecido como o Rei sol, tornou-se o símbolo supremo do absolutismo francês. A ele atribuiu a famosa frase (o Estado é meu). Revogou o Edito de Nantes, que concedia liberdade de culto aos protestantes. Essa intolerância religiosa provocou a saída de aproximadamente 500 mil protestantes do país, entre os quais ricos representantes da burguesia. Esse fato teve graves conseqüências para a economia francesa. E provocou sérias críticas da burguesia ao absolutismo monárquico.
Luís XIV e Luís XVI, ambos deram continuidade ao regime absolutista. Em 1789, explodiu a Revolução Francesa, que pôs fim á monarquia absolutista.


Inglaterra

O absolutismo inglês teve início com o rei Henrique VII (1485-1509), fundador da dinastia dos Tudor. A burguesia inglesa, identificada com as atividades do comercio e das manufaturas, prestou seu apoio a Henrique VII para que se conseguisse a pacificação interna do país.

Fortalecidos os sucessores de Henrique VII ampliaram os poderes da monarquia e diminuíram os poderes do parlamento inglês. No reina da rainha Elisabete I, o absolutismo monárquico inglês fortaleceu-se ainda mais. O poder real passou a colaborar ativamente com o desenvolvimento capitalista do país. Foi no reina de Elisabete que começou a expansão colonial inglesa, com a colonização da América do Norte e o apoio aos atos de pirataria contra navios espanhóis.

Com a morte de Elisabete, chegou ao fim a dinastia dos Tudor. A rainha não deixou descendente. Por isso seu trono foi para seu primo Jaime, rei da escócia, que se tornou soberano dos dois países com o titulo de Jaime I a dinastia dos Stuart, que procurou implantar juridicamente o absolutismo na Inglaterra. Para isso, era preciso retirar todo o poder do Parlamento.

extraido de http://www.coladaweb.com em 19/09/2010 as 18.17