sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A CRISE DO SERVIÇO SOCIAL


25/01/11
1- Tenho estado pelo Twitter falando de trabalho, assistência social, direitos humanos, cotidiano e dos desafios da vida. Me acha lá: @marcelogarcia_
2- O Serviço Social vive uma crise enorme. Uma crise preocupante. Cada vez menos temos uma definição sobre o futuro da profissão. A profunda confusão que os "donos" do Serviço Social e a turma da "ficção ideológica" promovem no campo ideológico pode aos poucos desmobilizar a intervenção dos profissionais nos setores estratégicos de trabalho.
3- A situação é muito delicada. Outras profissões vão ganhando espaço sobre o Serviço Social sem que isso nos cause preocupação. Eu estou bastante preocupado.
4-O mundo da LUA vem se consolidando dia após dia no mundo particular das universidades, sobretudo públicas.
5- Esta crise na profissão começou ainda nos anos 70 e vem se ampliando dia a dia. Com a chegada dos alunos nas décadas de 80 e 90, na função de professor, esta crise se agravou. Posso dizer que mais de 90% dos professores não tem qualquer ligação com a prática do serviço social e optaram em se distanciar da realidade.
6- Qual a prática de Mavia Pacheco? Qual a prática de Elaine Beringh? O que, por exemplo, estas duas professoras Doutoras produziram de concreto para a realidade do Serviço Social?
7- Gente como Mavi e Elaine teorizaram o Serviço Social e fizeram tudo, e ainda fazem, para que a profissão não mantenha nenhuma relação com a prática e com a realidade social.
8- Gente como Mavi e Elaine sempre negaram a Proteção Social como objeto do trabalho dos assistentes sociais.
9- Ano passado a Lei que estabeleceu as 30 horas semanais para os assistentes sociais foi sintomática para nos indicar esta crise. De uma hora para outra os assistentes sociais passaram a trabalhar 30 horas e sem a chamada de novos profissionais a vida seguiu totalmente igual.
10- Os assistentes sociais vivem um hiato entre o que fazem e que a sociedade espera que façam. Parte dos assistentes sociais acham que podem e devem ter uma agenda privada de atuação sem que esta tenha articulação com as demandas da sociedade.
11- Eu considero que a crise é grave e se nada for feito teremos uma profissão se desmanchando ao londo dos próximos anos.
12- Ter como principal ponto de pauta de uma profissão a diminuição da carga horária, sem dúvida diminui também a importancia da profissão no Brasil.
13- O que mais me incomoda é que as universidades públicas, os "donos" e a turma da "ficção ideológica" não estão nem um pouco preocupados com o que ocorre. Pode até ser que estejam preocupados, mas não demonstram.
14- Hoje, no Brasil, quem define a Agenda Social são os economistas. Aonde estão os assistentes sociais?
15- Hoje, no Brasil quem define as macro políticas de combate à pobreza não são os assistentes sociais.
16- Quem regula o conjunto CFESS/CRESS que usam de seus espaços de autarquia para estruturar a profissão para fazer política ideológica?
17- O conjunto CFESS/CRESS não pode ser livre para afundar a profissão. Pode?

extraido de www.marcelogarcia.com.br em 28/01/2011 as 11.22

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